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Estadao, 12 Agosto 2016 |
João Marcos Coelho |
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Análise: Tenor Jonas Kaufmann escolheu repertório refinado
para apresentação em São Paulo
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O tenor alemão exibiu magníficas qualidades em apresentação
memorável, que teve Liszt como surpresa |
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Em sua primeira apresentação no Brasil, o tenor alemão Jonas Kaufmann, de 47
anos, escolheu um buquê de canções em alemão, francês e italiano. Noite
memorável para quem esteve quarta-feira, 10, na Sala São Paulo.
É no
universo da canção que o artista mais se expõe. As decantadas qualidades do
tenor mais celebrado no mundo desfilaram num repertório refinado e
encantador. Os pianíssimos indizíveis em O Jovem e a Fonte, de Schubert. As
longas frases delicadamente tecidas em Convite à Viagem, de Duparc. O
virtuosismo da escrita vocal de Richard Strauss em Pra Que, Menina. Ou as
inflexões divertidas em A Truta, em que Schubert faz o piano ondular como o
movimento das águas no rio e ainda representar o peixe irrequieto.
A
apresentação já é uma das melhores de 2016.
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